Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada (ISBD)
outubro 18, 2025Aprender sobre ISBD é bem divertido, finalmente pudemos entrar na parte mais prática da Biblioteconomia e aqui já podemos deslumbrar alguns passos da jornada do bibliotecário. A ISBD é uma norma importantíssima para o serviço de representação.
Em 1969, Michael Gorman, especialista em catalogação, apresenta na reunião internacional de especialistas em Catalogação, realizada em Copenhague, o documento básico denominado Internacional Standard Bibliographic Description (ISBD) que viria padronizar as informações contidas na descrição Bibliográfica.
- Área 0 – Forma do conteúdo e tipo de meio: indica o que é o documento (por exemplo, texto, imagem, som etc.).
- Área 1 – Título e responsabilidade: inclui o título principal, títulos paralelos e informações de responsabilidade (autores, editores etc.).
- Área 2 – Edição: registra a edição e indicações de edições paralelas (utilizada a partir da 2ª edição).
- Área 3 – Material ou tipo de recurso específico: destinada a materiais como partituras, mapas e publicações em série.
- Área 4 – Publicação, produção e distribuição: traz informações sobre a editora, cidade, estado e ano de publicação.
- Área 5 – Descrição física: detalha o número de páginas, ilustrações e o tamanho em centímetros.
- Área 6 – Série e coleção: indica a qual série ou coleção o item pertence.
- Área 7 – Notas: apresenta informações adicionais relevantes sobre o documento.
- Área 8 – Identificadores: inclui números de identificação, como o ISBN (no caso de livros).
Cada área tem sua própria fonte de informação. Por exemplo, os dados da Área 1 são retirados da folha de rosto do documento.
Bem, enquanto estávamos focados na ISBD, tudo parecia tranquilo. Por ser um modelo de descrição — base para a elaboração das fichas catalográficas —, nosso foco era realizar os exercícios propostos pelo professor.
Até a primeira prova, passamos um bom tempo apenas praticando descrições. E foi realmente divertido, porque usávamos nossos próprios livros para desenvolver as atividades. Fiz, inclusive, alguns exercícios de preenchimento on-line que me ajudaram bastante a entender e lembrar o que deveria constar em cada área, além de como aplicar corretamente as pontuações.
O objetivo da ISBD é justamente esse: garantir que, mesmo que você esteja em contato com um item em outro idioma, consiga compreender sua estrutura. Através da pontuação padronizada, é possível identificar o que é o título, o autor, a edição e outras informações essenciais — independentemente da língua em que o documento foi publicado.
Nota-se, também, que a pontuação prescrita na ISBD funciona como um código linguístico, interpretável em si mesmo. Ao visualizar a Figura 02 e, embora não dominando o idioma japonês, pode-se identificar pela posição e pontuação, alguns dados bibliográficos. (José Fernando Modesto da Silva, 2016, p.154)
Bem, depois disso tudo, entraremos nos códigos de catalogação e nos modelos conceituais, aí sim, como dizemos no bom carioquês: a parada começa ficar sinixxxtra!
Bora para revisão?
Pra treinar um pouquinho do que aprendi com esse conteúdo montei alguns exercícios que você pode realizar na página pra aprender direitinho: aquele sobre ISBD.
Isso é tudo pessoal! ✌🏾️
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📚 Fontes e leituras complementares:
MODESTO, Fernando. A ISBD: um instrumento de representação descritiva em evolução. Tópicos para o ensino de biblioteconomia: volume I. São Paulo: ECA-USP, 2016. p. 190 . Disponível em: https://www.eca.usp.br/acervo/producao-academica/002749752.pdf. Acesso em: 18 set. 2025.
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